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Todos os seus problemas, todos os seus medos, ele conhecia, alias, não existia nada nela ou dela de que ele não sabia!...

Era um sábado a tarde. Ela havia acabado de sair do banho e encontrava-se agora em seu quarto, nua, olhando-se no espelho, inerte e completamente envolvida em seus pensamentos. Lembrava de todo seu passado de dor, do tempo em que tinha medo de sair de casa, do tempo em que sinta medo de voltar para ela. Mas ao mesmo tempo, lembrava que agora havia encontrado sua alma gêmea, o melhor amigo que alguém poderia ter. O amigo que estava ali todos os dias para ouvi-la desabafar, para abraça-la e dizer que de agora em diante ela nunca mais estaria só no mundo.
Em um sobressalto, voltou a si e olhou no relógio constatando de imediato o que temia, estava atrasada para encontrar-se com ele. Precisava decidir rapidamente a roupa que queria vestir, pentear seus cabelos, perfumar-se com a fragância que ele mesmo dera a ela e pintar seus lábios com o batom que ela mais gostava: vermelho carmim.